Dias de muita transpiração e inspiração moderada, dias de lembrança de antigos sempre novos ditados e reflexões, que enfeixam a sabedoria de muitos há muito:
Ciclo de provérbios árabes:
Não diga tudo quanto sabes
não faças tudo quanto podes
não creias em tudo quanto ouves
não gastes tudo quanto tens
porque
quem diz tudo quanto sabe
quem faz tudo quanto pode
quem crê em tudo quanto ouve
quem gasta tudo quanto tem
muitas vezes
diz o que não convém
faz o que não deve
julga o que não vê
gasta o que não pode
Sua função é viver sua vida de forma que faça sentido para você, não para eles eles.
Inicie um projeto enorme e insensato, como Noé… Não faz absolutamente nenhuma diferença o que as pessoas pensam de você.
NUNCA DESISTA DE SI MESMO.
Quando você passar por um período difícil, quando tudo parecer se opor a você… Quando você sentir que não pode sequer suportar mais um minuto, não desista! Porque esse será o momento e lugar que o curso irá desviar!
Rumi, místico, teólogo e poeta sufi persa do século 13.
Começa cada dia por dizer a ti próprio: Hoje vou deparar com a intromissão, a ingratidão, a insolência, a deslealdade, a má vontade e o egoísmo – todos devidos à ignorância por parte do ofensor sobre o que é o bem e o mal. Mas, pela minha parte, já há muito percebi a natureza do bem e a sua nobreza, a natureza do mal e a sua mesquinhez, e também a natureza do próprio culpado, que é meu irmão (não no sentido físico, mas como meu semelhante, igualmente dotado de razão e de uma parcela do divino); portanto nenhuma destas coisas me ofende, porque ninguém pode envolver-me naquilo que é degradante.
Marco Aurélio, imperador-filósofo romano. Sábio à borda do precipício. Fragmento extraído de suas Meditações.
Nada nos negócios humanos julgamos mais iníquo do que serem as cousas justas pervertidas por maledicências, que alguém receba a infâmia de um crime quando mais mereceria uma honra. Muitas cousas se fazem de modo puro e com um só olho; a mão esquerda não se alia à destra, nenhum fermento corrompe a massa, nem se tece veste de linho e lã. Contudo, pelas prestidigitações dos perversos, a obra piedosa é mentirosamente transformada num monstro. Não admira: essa é a reprovável condição da natureza pecadora, que não apenas em fatos moralmente dúbios sentencia a favor da pior parte, como também muitas vezes de forma com maliciosa subversão aquela que tem aparência de retidão.
The Philobiblion (ou o amigo dos livros), Ricardo de Bury (1281/1345).
Eleonora Santa Rosa – Dom Total