Cientistas americanos desenvolveram uma tinta ainda mais branca que a tradicional capaz de reduzir a temperatura dentro de edifícios. A ideia é que ela reduza a dependência de ar-condicionado —de acordo com o World Green Building Council, o resfriamento de edifícios, junto com a iluminação e o aquecimento dos prédios, é responsável por cerca de 28% da emissão de dióxido de carbono no mundo.
De acordo com informações divulgadas pela BBC, um estudo mostra que o novo produto é capaz de refletir 95,5% da luz solar e assim reduzir a temperatura dentro dos edifícios em 1,7° C em comparação com as condições do ar ambiente.
“Em um experimento em que colocamos uma superfície pintada do lado de fora sob a luz direta do sol, a superfície ficou 1,7° C abaixo da temperatura ambiente e durante a noite resfriou até 10° C abaixo da temperatura ambiente”, disse o autor do estudo, Xiulin Ruan, professor de engenharia da Purdue University, em Indiana.
Os engenheiros envolvidos dizem que os bons resultados são devido à adição de partículas de carbonato de cálcio de diferentes tamanhos. Os cientistas descobriram que, usando altas concentrações dessa substância calcária, com diferentes tamanhos de partículas, poderiam ser capazes de desenvolver um produto que refletia 95,5% da luz solar.
Antes que a tinta seja oferecida comercialmente, ainda há uma série de etapas a serem seguidas, já que ela precisa ser testada quanto à eficiência a longo prazo. No entanto, de acordo com detalhes publicados na revista “Cell Reports Physical Science”, patentes foram registradas e os pesquisadores estão otimistas.
Lígia Nogueira – ECOA-UOL