Em uma famosa fotografia da NASA, tirada pela sonda espacial Cassini quando estava a 1,5 bilhão de quilômetros da Terra, nosso planeta aparece como um ponto azul pálido na escuridão cósmica. É muito interessante, e também instrutivo, olhar as fotos da Terra tiradas de muito longe, porque percebemos qual é a nossa condição: somos passageiros de uma nave que viaja no infinito do Universo. É uma nave muito especial que nunca poderá pousar em nenhum lugar, nunca poderá atracar em nenhum porto para reabastecer ou descarregar resíduos.

E se algo não funcionar ou quebrar, temos que arrumar tudo sozinhos, sem nem mesmo poder descer. Acho que se deveria mostrar esta foto em que a Terra aparece como um pontinho e comentar este conceito da Terra como uma Nave Espacial em todas as escolas e, mais ainda, nos cursos universitários que direcionam para a carreira política.

De volta à normalidade?

Um vírus se espalhou recentemente em nosso planeta, o SARS-CoV-2, que causou uma crise sanitária da qual estamos saindo com muita dificuldade. À medida que a crise vai passando, aumenta o desejo de um “retorno à normalidade”, isto é, à situação anterior ao desenvolvimento da pandemia.

Muitos esquecem que a chamada normalidade era caracterizada por duas outras crises: a crise ecológica e a crise social. Duas crises certamente não menos graves do que a crise sanitária provocada pelo vírus, que causou cerca de 190.000 mortes na Europa e 35.000 na Itália. Números que impressionaram a opinião pública, pelo menos aquela parte da opinião pública que não sabe que a poluição causa cerca de 650.000 mortes na Europa todos os anos, portanto 3 vezes mais do que aquelas causadas pelo vírus. Na Itália, as vítimas da pandemia, cerca de 35 mil, foram menos da metade daquelas, cerca de 80 mil, causadas a cada ano pela poluição.

A pandemia certamente está causando também muitos danos sociais, mas devemos nos lembrar que antes da pandemia, ou seja, na situação de normalidade a que muitos dizem querer voltar, na Itália havia 5 milhões de pessoas em pobreza absoluta e outros 9 milhões em pobreza relativa, e que o 1% mais rico possuía tanto quanto os 70% mais pobres.

Não faz sentido, então, voltar à chamada normalidade, também porque está cientificamente provado que são justamente as duas crises ecológicas e sociais que provocam e propagam as pandemias. Segundo os cientistas, de fato, o vírus passou de animais silvestres para o ser humano devido aos nossos erros na relação com a Natureza: degradação do meio ambiente, mudanças climáticas, antropização exagerada do solo, perda de biodiversidade, derrubada de florestas, uso desproporcional dos recursos, consumo crescente de produtos de origem animal, incluindo produtos silvestres pelos mais pobres.

Os vírus são de alguma forma “refugiados” da destruição ambiental causada pela ocupação progressiva do homem em todos os ambientes naturais. Eles estavam bem nas florestas e nos corpos de alguns animais silvestres, nós os obrigamos a sair de seus habitats e eles aproveitaram a ocasião para se multiplicar em nossos corpos. Lembro que em um seu recente livro, um grande cientista, Edward Wilson, propõe provocativamente deixar metade da Terra para a natureza se quisermos viver bem neste planeta.

As três transições necessárias

Tudo isso nos diz que devemos aproveitar a saída da pandemia como uma oportunidade para tentar remediar as crises ecológica e social, ou seja, corrigir nosso modelo de desenvolvimento e para nos direcionar ao imprescindível objetivo da sustentabilidade, ecológica e social. De fato, como escreveu o Papa Francisco na encíclica Laudato Sí’:

Não existem duas crises separadas, uma ambiental e outra social, mas uma única e complexa crise socioambiental que deve ser enfrentada com uma visão unitária dos problemas ecológicos e econômicos.

Para sair da crise ecológica e social, precisamos realizar três passos concretos para frente, em direção ao futuro: como nos lembram Greta e os outros jovens do Fridays for Future, é um dever que temos para com os nossos jovens. Os três passos que precisamos realizar são três transições para corrigir nosso modelo de desenvolvimento: a transição energética dos combustíveis fósseis para as energias renováveis, a transição econômica da economia linear para a economia circular e, finalmente, a transição cultural do consumismo para a sobriedade.

A transição energética

Os combustíveis fósseis são muito cômodos de usar, mas há mais de 30 anos percebemos que seu uso causa dois problemas graves: a poluição, já mencionada, e as mudanças climáticas.

Hoje no mundo consumimos, a cada segundo que passa, e os segundos passam rápido, 250 toneladas de carvão, 1000 barris de petróleo e 105.000 metros cúbicos de gás metano produzindo, sempre a cada segundo, 1000 toneladas de dióxido de carbono, CO2. Esse gás, liberado na atmosfera, envolve o globo como um manto que permite que os raios do sol atinjam o solo, mas depois impede que o calor escape. O acúmulo de dióxido de carbono ao redor da Terra, portanto, provoca um efeito estufa que produz a mudança climática.

Em dezembro de 2015, após 25 anos de discussões, 196 países reunidos sob a égide da ONU firmaram um acordo, conhecido como Acordo de Paris, com o qual se reconhece na mudança climática o perigo mais grave para a humanidade. Como se sabe, a mudança climática provoca o derretimento do gelo, a elevação do nível do mar, o avanço da seca em muitas regiões do mundo, eventos climáticos violentos e, se não a determos, causará danos irreversíveis ao planeta.

Sob a égide da ONU, também há algum tempo se formou um painel de cientistas, o famoso IPCC, que estuda a tendência das mudanças climáticas e sugere aos políticos o que deve ser feito para detê-las. Na encíclica Laudato Sí’, escrita com a consultoria de cientistas muito competentes, o Papa Francisco afirma vigorosamente que:

Os combustíveis fósseis devem ser substituídos sem demora, mas que a política e a indústria respondem lentamente, longe de estarem à altura dos desafios.

Abandonar o uso de combustíveis fósseis, dos quais obtemos grande parte (cerca de 80%) da energia que utilizamos, pode parecer um problema sem solução; a solução, ao contrário, existe: consiste em desenvolver e utilizar energias renováveis fornecidas pelo sol, pelo vento e pela chuva em vez de combustíveis fósseis. Essas energias não produzem CO2 nem poluição; além disso, fornecem diretamente energia elétrica, uma forma de energia muito mais eficiente do que o calor gerado pelos combustíveis fósseis.

Os cientistas demonstraram que não apenas essa transição pode ser feita, mas que, além de eliminar a poluição e conter as mudanças climáticas, é muito vantajosa por outros motivos. Estimativas aceitas de muitos economistas, incluindo o ganhador do Nobel J. Stiglitz, avaliam que as energias renováveis, com o mesmo capital investido, criam três vezes mais empregos do que as fontes fósseis, motivo pelo qual os investimentos nas energias renováveis também são os mais eficazes para o relançamento da economia.

Uma equipe da Universidade de Stanford fez uma pesquisa detalhada sobre os benefícios que a transição trará a vários países. No caso da Itália, o estudo afirma que a energia necessária pode ser obtida essencialmente de origem eólica, fotovoltaica e hidrelétrica, com um pequeno contributo geotérmico. Também estimou que não mais de 0,26% do território será ocupado para a construção das estruturas necessárias, que se criarão 138 mil empregos para a construção das usinas e outros 140 mil para a operação.

Os lobbies da obstrução

A transição energética dos combustíveis fósseis para às energias renováveis encontra, no entanto, forte obstrução por parte dos lobbies dos combustíveis fósseis (na Itália, pela ENI). De forma que estamos numa situação estranha onde o futuro, ou seja, as energias renováveis, já está presente, mas o passado, ou seja, os combustíveis fósseis, não quer passar. O passado não quer passar porque há enormes interesses em jogo, não apenas econômicos.

Como não há espaço para entrar em detalhes, basta lembrar que o CEO da ENI, nas inúmeras entrevistas concedidas a jornais ainda nas últimas semanas, insiste no fato que as energias renováveis ainda não estão maduras, então segundo ele, teremos que continuar por muitas décadas com os combustíveis fósseis.

Para desmentir essa fábula das energias renováveis não maduras, basta fazer uma simples comparação: a fotossíntese natural converte a energia solar em energia química com uma eficiência energética de 0,2%, enquanto o sistema fotovoltaico converte a energia solar em eletricidade com uma eficiência de 20%, ou seja, 100 vezes maior!

A isso podemos acrescentar outro número: atualmente os sistemas fotovoltaicos instalados no mundo geram uma quantidade de eletricidade igual à gerada por 170 usinas nucleares, sem produzir rejeitos radioativos e sem produzir gás carbônico.

Então, por favor, CEO da ENI, pare de dizer que as energias renováveis não estão maduras; em vez disso, perceba que a energia fotovoltaica é um formidável sucesso do engenho humano e uma inovação realmente grande que contribuirá a eliminar o uso dos combustíveis fósseis.

A Itália e a Europa, antes da pandemia, não se mostraram particularmente ativas na promoção da transição energética. O nosso grupo energiaperlitalia tem criticado com veemência o PNIEC (Plano Nacional Integrado Energia e Clima) porque, mesmo que contenha elementos positivos, está formulado para que a principal fonte de energia na Itália continue a ser os combustíveis fósseis não apenas em 2030, mas também até 2040. É evidente que houve forte pressão do lobby dos combustíveis fósseis na elaboração desse plano energético do governo.

O governo deve favorecer as energias renováveis

Agora as coisas, pelo menos no nível europeu, mudaram. Foi lançado um plano bem financiado, o Green Deal Europeu, que é uma estratégia articulada para zerar as emissões até 2050, reduzir a poluição, proteger o planeta e garantir que a transição energética seja socialmente justa e inclusiva. A Itália não pode perder essa oportunidade que, entre outras coisas, pode revelar as grandes potencialidades de nossa indústria manufatureira: fotovoltaicos, eólicos, sistemas de armazenamento da energia elétrica e tudo o que se relaciona com as energias renováveis se baseiam, de fato, nesse tipo de indústria, na qual somos mestres.

Vimos com satisfação nos últimos dias que foi apresentado um projeto para a construção de um parque eólico no Adriático ao largo da costa de Rimini: 59 pás com 125 metros de altura e capacidade para gerar 330 MW. Um excelente projeto, ao qual naturalmente se opõem os conservadores que não sabem ver a beleza das pás eólicas e aos quais, de toda forma, é preciso dizer que se não quiserem as energias renováveis terão que ficar com os combustíveis fósseis, com poluição e mudanças climáticas, ou viver no escuro. Nesse sentido, lembramos que hoje a energia eólica mundial abastece o mundo com uma quantidade de eletricidade igual à que seria gerada por 270 usinas nucleares.

Portanto, a sugestão de energiaperlitalia é a seguinte: para relançar a economia e aumentar os empregos, o governo deve estimular e desenvolver a produção e o uso de energias renováveis. Na Europa deveríamos nos opor, como diz o secretário da ONU, a qualquer tentativa de que as ajudas pós-coronavírus sejam destinadas para indústrias e atividades poluidoras. Claro, teremos que fazer isso aqui também na Itália.

Devemos lembrar que, segundo dados do Ministério, em 2018 os subsídios e incentivos a fontes de energia com impacto ambiental negativo (essencialmente os combustíveis fósseis) somavam 16,9 mil milhões, enquanto aqueles a favor de fontes com impacto ambiental favorável (ou seja, as energias renováveis) eram de 13,7 bilhões. Por isso, temos uma situação absurda em que os combustíveis fósseis, responsáveis por danos à saúde e por alterações climáticas, são até mais incentivados do que as energias renováveis que, pelo contrário, vão nos salvar desses desastres. Também consideramos que a Itália deve assumir um papel de liderança no Green Deal europeu, no mínimo porque temos muito mais sol do que os insuportáveis “países frugais”.

A transição econômica

Da economia linear para a economia circular

Outro ponto a colocar na ordem do dia no relançamento da economia pós-vírus é a transição da economia linear caracterizada pelo descartável para a economia circular. Não é possível continuar com o “usar e descartar” porque é um sistema ecologicamente insustentável: conduz, por um lado, ao esgotamento dos recursos e pelo outro à acumulação de enormes quantidades de resíduos, sempre nocivos. Sem nos alongarmos nesse ponto que deveria ter sido discutido nos últimos dias, queremos apenas ressaltar dois aspectos do problema.

O primeiro é que a coleta seletiva não é suficiente para o sucesso da economia circular; de fato, é necessário também intervir na fase de projeto para que os objetos que se destinam ao uso sejam facilmente desmontáveis, de forma a poder reciclar mais facilmente os elementos de cada componente. O segundo aspecto, por outro lado, é que a diferença fundamental entre economia linear e economia circular diz respeito à energia: a economia linear é movida por combustíveis fósseis, enquanto a economia circular usa energia solar e outras fontes de energia (eólica, hídrica) conectadas a ela.

Aqui está, então, a segunda transição, aquela da economia linear para a economia circular, não pode ocorrer se a transição dos combustíveis fósseis para as energias renováveis não for concluída.

O crescimento

No que diz respeito à economia, existe também um problema mais geral sobre o qual faremos apenas uma breve consideração.

A situação pré-vírus era caracterizada pela palavra crescimento, atrelada ao PIB. Nos planos de renascimento, está se voltando a falar sobre crescimento de maneira cada vez mais insistente. Tudo deve crescer porque tudo que cresce aumenta o PIB. Se considerarmos que o planeta, o único lugar onde podemos viver, tem recursos limitados, não deveria ser difícil entender que um crescimento sem limites de todas as produções é simplesmente impossível.

Portanto, não devemos simplesmente voltar ao crescimento, mas cada vez que alguém pronuncia a palavra crescimento devemos nos perguntar: é necessário? é possível? que consequências tem para a saúde do planeta? que consequências tem para a sociedade? Se o crescimento não respeita o meio ambiente e não reduz as desigualdades, que são os dois pontos fracos de nossa sociedade, aquele crescimento não é progresso e, portanto, não deve ser buscado. Exemplos: o crescimento na compra (aeronaves Tornado) ou na venda (navios militares para o Egito) de armas não deve ser buscado de forma alguma, assim como a extensão das autoestradas não deve ser favorecida em detrimento das ferrovias, porque a energia renovável será elétrica e, portanto, os transportes, em particular das mercadorias, terão de ocorrer principalmente por via férrea, não por estrada.

A Terra como limite

Há outro conceito importante a esclarecer quando se fala de energia. As energias renováveis primárias, aquelas do sol, do vento e da água, para serem úteis, devem ser convertidas em energias de uso final, ou seja, eletricidade. Para isso é necessário construir dispositivos e estruturas materiais (painéis fotovoltaicos, pás eólicas, barragens, etc.) utilizando os recursos minerais que a Terra pode fornecer. Mas na Terra existe o que existe, não o que gostaríamos que houvesse. Podemos usar como exemplo o neodímio, um elemento que talvez muitos não sabem nem o que é, mas que é muito importante para o bom funcionamento das pás eólicas. Na Itália não existe neodímio: está quase todo na China. Desse fato devemos tirar a lição que ninguém pode fazer tudo sozinho, todas as trocas comerciais são muito importantes para alcançar a sustentabilidade ecológica global.

Depois há outra lição a ser aprendida. Nosso limite de recursos é a Terra, a disponibilidade limitada e distribuição não uniforme dos recursos materiais de que precisamos. Degradar o planeta significa reduzir os recursos disponíveis. A escassez de materiais pode ser parcialmente sanada com a reciclagem (economia circular). Mas é muito provável que com as energias renováveis não seja possível produzir toda a energia que gostaríamos, para depois desperdiçá-la e, certamente, estaremos mais uma vez diante do problema da desigualdade entre as várias nações, com tudo o que isso acarreta.

Transição cultural

Do consumismo à sobriedade
Na tentativa de resolver, ou pelo menos mitigar, os problemas da relativa escassez de recursos materiais e das desigualdades, podemos nos pôr uma pergunta, sempre nos limitando ao tema da energia, mesmo que o raciocínio possa ser facilmente estendido a outros recursos.

A pergunta é: de quanta energia realmente precisamos? Sabemos bem que nos países ricos grande parte da energia é desperdiçada e, por outro lado, pesquisas e estatísticas revelam que o bem-estar das pessoas não é diretamente proporcional à energia que consomem.

Então, vamos ver alguns números. Cada cidadão estadunidense usa em média o equivalente a 12.000 watts de potência, o dobro de um cidadão europeu (6.000 watts). Pesquisas mostram que o bem-estar das pessoas nos Estados Unidos não é maior que o das pessoas na Europa. Não só isso, mas em 1960 os cidadãos europeus precisavam de 2.000 watts per capita para viver bem.

Com base nessas considerações, os cientistas suíços estimaram que 2.000 W representam uma quantidade suficiente de energia para viver confortavelmente e o governo suíço, portanto, propôs uma lei para reduzir o consumo de energia por pessoa para 2.000 W até 2050. Essa lei foi submetida a um referendo e aprovada pela maioria dos cidadãos suíços em 2017. Assim, é possível viver bem consumindo menos energia.

Devemos “fazer menos”.

Nesse ponto, resta um problema sutil. Como se pode reduzir o consumo de energia quando estamos acostumado a desperdiçá-la? Quem estuda esse problema aponta duas estratégias: a primeira é agir sobre as coisas, ou seja, aumentar a eficiência energética de todos os equipamentos que utilizamos. Então: carros e lâmpadas que consomem menos, esquadrias que evitam que o calor escape das casas, etc.

A experiência demonstra, no entanto, que aumentar a eficiência das “coisas” muitas vezes não leva a uma redução substancial no consumo de energia por várias razões, entre as quais o chamado “efeito rebote”. Efetivamente, pode acontecer que um aumento da eficiência energética incentive uma maior utilização dos serviços energéticos. Por exemplo, quando uma pessoa substitui um carro velho por um menos poluente, muitas vezes acaba usando-o mais do que o antigo.

Se realmente se quer consumir menos energia para contribuir com a sustentabilidade ecológica e social, é preciso agir sobre as pessoas, antes que agir sobre as coisas. É necessário partir do conceito de suficiência e convencer, solicitar com gentileza (ver “O empurrão para a escolha certa”, de Richard Thaler) e, em casos extremos, obrigar as pessoas com leis e sanções, a reduzir o uso desnecessário de serviços energéticos.

Para economizar realmente energia, não basta “fazer com menos”, é preciso “fazer menos”: menos consumo de produtos inúteis, menor velocidade na autoestrada, menos viagens não estreitamente necessárias e assim por diante. E se a “coisa” que se usa, depois de ter adotado a estratégia da suficiência, for mais eficiente, se terá uma economia ainda maior: é “fazer menos (suficiência) com menos (eficiência)”. Esses conceitos podem ser aplicados a qualquer recurso, pois todos os recursos da Terra são, mais ou menos, limitados.

qui está a terceira transição a ser implementada para alcançar a sustentabilidade (ecológica, social e econômica): do consumismo para a suficiência, ou melhor, para a sobriedade. Sem adotar estilos de vida inspirado na sobriedade, não será possível ir muito longe.

Conclusão

É claro que as três transições mencionadas acima requerem um forte empenho e grandes investimentos. Mas, enquanto isso, podemos começar pelas pequenas coisas, mas ainda assim significativas. Por exemplo:

– Eliminar os obstáculos às energias renováveis, permitindo que os consumidores se unam em comunidades, como já é o caso na Europa, para compartilhar a energia produzida a partir de fontes renováveis no condomínio ou no bairro;

– Eliminar subsídios e incentivos aos fósseis, transferindo-os para as energias renováveis;

– Desativar as 8 usinas a carvão, que o governo prometeu fazer até 2025, sem substituí-las por usinas a gás.

Vincenzo Balzani, Settimana News – IHU